As organizações dependem das condições de pensar e de fazer da
sociedade em que se inserem. As organizações estabelecem linhas mestras para suas
atividades. Os objetivos constituem, também, uma fonte de legitimidade que justifica as
atividades de uma organização e, na verdade até sua existência.
O comportamento humano nas organizações é bastante imprevisível, isso ocorre
porque ele nasce de necessidades humanas e dos sistemas de valores. Todavia ele pode ser parcialmente compreendido em termos de pressupostos das ciências do comportamento da
administração e outras disciplinas. Não existem fórmulas simples para se trabalhar com
pessoas. Não existe uma solução perfeita aos problemas da organização. Tudo o que pode ser
feito é aumentar o nosso conhecimento e habilidades de tal forma que os relacionamentos no
trabalho possam ser mais bem avaliados. Os objetivos são desafiadores e valem a pena.
Em termos comportamentais, a organização se move através de duas formas distintas:
formal e informal. A organização formal, delineada pela racionalidade, é apenas um plano de
conduta traçado pelos organizadores, a fim de dar perfeita execução ao funcionamento da
organização. Porém, como explicam Simon, Smithburg, Wahrlich (1986, p. 51). “Quase
sempre o quadro real de comportamento e de relações apresentado pelos membros de uma
organização se afasta, ligeira ou amplamente, do plano formal de organização”, daí vem a
sensação de perda de qualidade de vida.
A organização informal é a maneira pela qual os membros realmente se comportam,
excetuando-se o comportamento traçado a eles pelo plano formal, ou seja, é a manifestação
originária de sua vida privada em busca de qualidade de vida. Segundo Wahrlich (1976, p.52),
“o plano administrativo formal não pode nunca refletir, adequada completamente, a
organização concreta à qual se refere, pela razão óbvia que nenhum plano abstrato pode [...]
descrever exaustivamente uma totalidade empírica”.
Uma maior participação, como a demanda pela gestão da qualidade, implica maiores
esforços e energia da parte dos trabalhadores, bem como uma maior parcela de
responsabilidade a assumir. E, nem como todos os trabalhadores possuem a mesma estrutura
motivacional, o processo de mobilização implica uma ampla relação de fatores que afetam sua
qualidade de vida no trabalho.
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